segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012








O homem quando faz sua música não é mais homem, é a própria música. Uma elevação individual e ao mesmo tempo coletiva é o que se segue no contato entre o ser e o instrumento, que já não são separados. Há uma unidade indissolúvel nos dedos, na boca, nas cordas, no ar, no metal e madeira, no marfím, nos dedos, no plásticos, nos pés, no couro, nos olhos, ouvidos e principalmente, na alma.
Os pelos da nuca que se arrepiam, não são mais pelos, nem nuca. São corpo formado, de sentimentos e notas. Afinal, é disso que se trata a música. Além da técnica, muito além, há o fim doce e suave, de quem não precisa ser belo para ser eterno. Há só música. Entra-se em transe. E se espera que nunca acabe o um minuto ou três horas daquilo que toca a alma. Que ressoa, reflete e traduz o interior, não oco, nem nulo. A essência essencial, o fino pedaço de carne, de ossos e sangue etéreo. Que se encanta, facilmente com o que é vivo e pulsante. Ondulante. Física do homem, sua mente e espirito, se apresenta numa combinação por vezes simples de notas. Nada consegue ser mais sincero e verdadeiro, do que a arte aplicada, universal. Trabalho, força e coração. Juntos, unidos, inseparáveis.

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