domingo, 11 de dezembro de 2011

Há logo ali, logo ali, o que se chama.
qualquer coisa sobre o leve
qualquer coisa que se valha.
e que se pague, por si só.
há no podre uma beleza escura
que há no ato de se doar.
há na vã história cem mil vezes repetida
aos olhos, de quem escuta
e aos ouvidos de quem fala,
alguma coisa verde
alguma coisa nenhuma
alguma coisa humana.
há no que se chama
o que não se pode ver
nem ser
exatamente o que se pretende.
não há conexão
nas palavras do tempo
que não fala.
e não há corpo
nem matéria
na prisão da música angélica
dos subsolos
dos monólogos nunca ditos
as paredes dos outros
e aos bocejos muito falsos
e as desventuras
as eternas, as maduras frutas
imensas de dentro
de si

I'M SO "OK" ABOUT EVERYTHING...