Que caiam as máscaras. Que caiam todas as máscaras que cobrem os rostos juvenis, os pérfidos, os mentirosos, os ingênuos, os terriveis e também os belos. Caim todas as máscaras e as pretensões. Caim os falsos desejos, as falsas convicções, as falsas afirmações, caim por terra as não verdades. Mostrem-se as verdadeiras faces dos verdadeiros rostos vendados.
E que os incobertos, estes nunca se fechem, nem se calem.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Passado, as vezes não tem importância não, as vezes tem demais.
Passado que volta, que retorna, passado que nunca foi.
É estático e mutável ao mesmo tempo. Porque, se já foi, não é mais. Mas os resquícios, as memórias são capazes de transformação, como as nuvens, ou o éter.
Passado é bom de lembrar, mas faz bem esquecer.
Porque passado dói.
Já diziam Timão e Pumba: "Hakuna Matata".
Não se preocupe, não precisa pensar muito, basta olhar um papel na mesa, uma flor dentro de um livro, uma lembrança no coração. Lá está passado. Que é o mesmo instante do presente agora alguns minutos depois, e que um dia foi futuro do que jamais chegou a acontecer.
Passado que volta, que retorna, passado que nunca foi.
É estático e mutável ao mesmo tempo. Porque, se já foi, não é mais. Mas os resquícios, as memórias são capazes de transformação, como as nuvens, ou o éter.
Passado é bom de lembrar, mas faz bem esquecer.
Porque passado dói.
Já diziam Timão e Pumba: "Hakuna Matata".
Não se preocupe, não precisa pensar muito, basta olhar um papel na mesa, uma flor dentro de um livro, uma lembrança no coração. Lá está passado. Que é o mesmo instante do presente agora alguns minutos depois, e que um dia foi futuro do que jamais chegou a acontecer.
domingo, 28 de agosto de 2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Não é grande novidade, mas eu não vejo sentido algum nisso tudo. Vida sobrecarregada, pressão, informações denecessárias, tudo passado ao mesmo tempo agora. Tanta gente dizendo que você precisa aprender, precisa responder questões, precisa escrever corretamente, precisa saber preencher quadrados e ganhar um lindo diploma pra provar que você é de fato um ser pleno, responsável, correto e inteligente.
Pois bem, que seja para aprender a viver, acumular conhecimento, ou preencher quadrados, deveria ser diferente. Onde foi que se estipulou que o saber é obrigatório? Quem foi que disse que se aprende nessas instituições escolares nada democráticas? Como diz minha sabia mãe: "você aprende muito mais vivendo". Não é que eu defenda a total desordem e a aniquilação do conhecimento escolar. Mas talvez a anarquia, o governo próprio das formas de estudo por aqueles que estudam e ensinam seria muito mais eficiente. Os anos passam, as máquinas evoluem, os homens evoluem, mas o sistema de ensino burocrático continua o mesmo.
Sabe, não precisamos de gênios, precisamos de humanos mais humanos.
Pois bem, que seja para aprender a viver, acumular conhecimento, ou preencher quadrados, deveria ser diferente. Onde foi que se estipulou que o saber é obrigatório? Quem foi que disse que se aprende nessas instituições escolares nada democráticas? Como diz minha sabia mãe: "você aprende muito mais vivendo". Não é que eu defenda a total desordem e a aniquilação do conhecimento escolar. Mas talvez a anarquia, o governo próprio das formas de estudo por aqueles que estudam e ensinam seria muito mais eficiente. Os anos passam, as máquinas evoluem, os homens evoluem, mas o sistema de ensino burocrático continua o mesmo.
Sabe, não precisamos de gênios, precisamos de humanos mais humanos.
domingo, 21 de agosto de 2011
sábado, 20 de agosto de 2011
O que é que se expande?
O que se expande é um sorriso
Largo como uma galáxia distante
O sorriso que se explode
Como os eletrons de um átomo radioativo
Eletronegativo
De orelhas
Vem sorriso
Corando as faces doces e as amargas
Vem sorriso nas peredes governantes
Vem sorriso nas guerras insanas
Vem sorriso nas mentes ditatórias
Vem sorriso nas jangadas planas
Vem sorriso nas lutas sordidas
Vem sorriso nesse sistema falso
Vem sorriso
Libertar e explodir a podridão da injustiça
E sorrir em largas escalas
Para as coisas belas do mundo!
O que se expande é um sorriso
Largo como uma galáxia distante
O sorriso que se explode
Como os eletrons de um átomo radioativo
Eletronegativo
De orelhas
Vem sorriso
Corando as faces doces e as amargas
Vem sorriso nas peredes governantes
Vem sorriso nas guerras insanas
Vem sorriso nas mentes ditatórias
Vem sorriso nas jangadas planas
Vem sorriso nas lutas sordidas
Vem sorriso nesse sistema falso
Vem sorriso
Libertar e explodir a podridão da injustiça
E sorrir em largas escalas
Para as coisas belas do mundo!
In-verso
É natural o amor que eu sinto pelo mundo
E se trago confuso esse sentimento
É porque me apodero das angustias
Dos esquecidos livros nas estantes
Com a frequência cardíaca
Trago em meus pensamentos o tema
Impossível de resolução
Porque palpitam em órbitas escuras
As invenções da mente
Formadas pelos diversos sons
Da música - da alma
É um desgaste eterno
E estou exausta de existir
Mas por mais discutível que seja
Não me canso nunca de viver!
E se trago confuso esse sentimento
É porque me apodero das angustias
Dos esquecidos livros nas estantes
Com a frequência cardíaca
Trago em meus pensamentos o tema
Impossível de resolução
Porque palpitam em órbitas escuras
As invenções da mente
Formadas pelos diversos sons
Da música - da alma
É um desgaste eterno
E estou exausta de existir
Mas por mais discutível que seja
Não me canso nunca de viver!
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Pensando bem, perder é algo tão natural.
Dinheiro, amor, gás carbônico, chave, tampa de caneta, jogo, cabelo, fome, anos. E por aí a vista.
Perder não é novo, não é estranho, perder já começa no início, perdemos um abrigo fácil e seguro, mais conhecido como útero, extremamente confortável e trocamos por um mundo: frio, sem cordão umbilical, com pressão, atmosfera e gente feia (das quais, nesse estágio de vida, você ainda não sabe, mas se encaixa muito bem na categoria). Mas, se vista de outro ângulo, é uma troca justa. Perde-se o conforto e se ganha um mundo inteiro, grande, com milhares de formas para se explorar. Nada parece tão bom quanto pode ser. Por mais que depois de abandonar seu antigo abrigo a vida tenha ido de mal a pior, não é culpa dela que você a tenha feito umamerda chatice.
Acontece, que no meio disso tudo, aparece Platão e sua lenda da caverna. As correntes da ignorância que aprisionam o homem a enxergar apenas a silhueta vaga do que as coisas realmente são. É também uma troca justa, libertar-se das correntes, do cômodo, confortável, fácil e falso, e receber a liberdade para observar o mundo como ele realmente é. Por que então o medo do que pode surgir grita mais alto?
Dinheiro, amor, gás carbônico, chave, tampa de caneta, jogo, cabelo, fome, anos. E por aí a vista.
Perder não é novo, não é estranho, perder já começa no início, perdemos um abrigo fácil e seguro, mais conhecido como útero, extremamente confortável e trocamos por um mundo: frio, sem cordão umbilical, com pressão, atmosfera e gente feia (das quais, nesse estágio de vida, você ainda não sabe, mas se encaixa muito bem na categoria). Mas, se vista de outro ângulo, é uma troca justa. Perde-se o conforto e se ganha um mundo inteiro, grande, com milhares de formas para se explorar. Nada parece tão bom quanto pode ser. Por mais que depois de abandonar seu antigo abrigo a vida tenha ido de mal a pior, não é culpa dela que você a tenha feito uma
Acontece, que no meio disso tudo, aparece Platão e sua lenda da caverna. As correntes da ignorância que aprisionam o homem a enxergar apenas a silhueta vaga do que as coisas realmente são. É também uma troca justa, libertar-se das correntes, do cômodo, confortável, fácil e falso, e receber a liberdade para observar o mundo como ele realmente é. Por que então o medo do que pode surgir grita mais alto?
Acho que são os sonhos que me fazem perceber quando eu gosto de uma pessoa. Não digo a paixão, mas o simples fato de gostar. É um sinal bem claro de que a importância do ser em questão não se atem somente ao real, mas já passou pra lá do meu inconsciente. Veja bem, quando a imagem aparece, mesmo que o nível de atividade cerebral seja mínimo, então é porque ele fez por merecer.
Chegou, plantou-se na minha cabeça, se apossou do meu espaço interno e deu um jeito, sem ser exatamente notado, de ser importante a ponto, de participar da minha vida até quando estou dormindo!
Não é somente um "eu sonhei com você". Tem uma coisa secreta, muito pouco percebida e raramente desvendada. Por detrás da frase simples e cotidiana, existe um "você faz parte dos meus pensamentos". Talvez seja a força da convivência, mas fazer parte dos pensamentos de alguém não é apenas uma projeção do dia-a-dia.
E depois perguntam porque eu gosto tanto de dormir!
Chegou, plantou-se na minha cabeça, se apossou do meu espaço interno e deu um jeito, sem ser exatamente notado, de ser importante a ponto, de participar da minha vida até quando estou dormindo!
Não é somente um "eu sonhei com você". Tem uma coisa secreta, muito pouco percebida e raramente desvendada. Por detrás da frase simples e cotidiana, existe um "você faz parte dos meus pensamentos". Talvez seja a força da convivência, mas fazer parte dos pensamentos de alguém não é apenas uma projeção do dia-a-dia.
E depois perguntam porque eu gosto tanto de dormir!
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Pessoas estranhas num universo paralelo espacial. Rostos refletidos numa ponta de faca estremecida.
Lembranças, cansaço, perfumes desagradáveis estalando pelo ar.
Sacolas prateadas na cabeça. A máquina gira. A máquina corre. A máquina produz. E não morre. A máquina que segue seu curso exaustivo. A máquina não para. THAT'S THE WAY
Lembranças, cansaço, perfumes desagradáveis estalando pelo ar.
Sacolas prateadas na cabeça. A máquina gira. A máquina corre. A máquina produz. E não morre. A máquina que segue seu curso exaustivo. A máquina não para. THAT'S THE WAY
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
B.Maria
Não é só quando as coisas ficam ruins que eu sinto essa falta inacreditável de você. É bem certo que o seu abraço é o remédio mais reconfortante pras horas doloridas (estive pensando e acho até que, se a gente tentasse, as dores físicas, tipo cólicas insuportáveis passariam), mas me dá vontade de compartilhar as coisas boas também. De contar pra você como eu me senti, não feliz, mas apta pra continuar resistindo, hoje. De enlouquecer com você e fazer poemas sobre as cerejeiras. De ter essa amizade pura.
Porque quando eu leio sua tristeza, eu fico triste também, e quando eu leio sua alegria, quando parece que as coisas estão ficando boas, fico tão feliz por isso, como não ficaria por mim mesma.
Vira e mexe me vejo pensando em você. É uma espécie de dor na ponta do peito, mas não é de todo ruim. É mais uma dorzinha boa, uma lembrança risonha daquilo que a gente já teve e foi tão bom, mas continua querendo ter.
Esse saudosismo não é barato, não é piegas. É saudade de gente. Saudade da mulher tão forte quanto o nome dela.
Porque quando eu leio sua tristeza, eu fico triste também, e quando eu leio sua alegria, quando parece que as coisas estão ficando boas, fico tão feliz por isso, como não ficaria por mim mesma.
Vira e mexe me vejo pensando em você. É uma espécie de dor na ponta do peito, mas não é de todo ruim. É mais uma dorzinha boa, uma lembrança risonha daquilo que a gente já teve e foi tão bom, mas continua querendo ter.
Esse saudosismo não é barato, não é piegas. É saudade de gente. Saudade da mulher tão forte quanto o nome dela.
sábado, 6 de agosto de 2011
Espelho Mágico
DO ESTILO
Fere de leve a frase... E esquece... Nada
Convém que se repita...
Só em linguagem amorosa agrada
A mesmo coisa cem mil vezes dita.
DAS CORCUNDAS
Se as costas de Polichinelo arrasas
Só porque fogem das comuns medidas?
Olha! Quem sabe não serão as asas
De um Anjo, sob as vestes escondidas...
DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
DAS ILUSÕES
Meu saco de ilusões, bem cheio tive-o.
Com ele ia subindo a ladeira da vida.
E, no entretanto, após cada ilusão perdida...
Que extraordinária sensação de alívio!
DA FELICIDADE
Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura,
Tendo-os na ponta do nariz!
Mário Quintana
Fere de leve a frase... E esquece... Nada
Convém que se repita...
Só em linguagem amorosa agrada
A mesmo coisa cem mil vezes dita.
DAS CORCUNDAS
Se as costas de Polichinelo arrasas
Só porque fogem das comuns medidas?
Olha! Quem sabe não serão as asas
De um Anjo, sob as vestes escondidas...
DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
DAS ILUSÕES
Meu saco de ilusões, bem cheio tive-o.
Com ele ia subindo a ladeira da vida.
E, no entretanto, após cada ilusão perdida...
Que extraordinária sensação de alívio!
DA FELICIDADE
Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura,
Tendo-os na ponta do nariz!
Mário Quintana
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
terça-feira, 2 de agosto de 2011
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
A MISSA DOS INOCENTES
A Missa Dos Inocentes
Mário Quintana
Se não fora abusar da paciência divina
Eu mandaria rezar missa pelos meus poemas que não conseguiram ir além da terceira ou quarta linha,
Vítimas dessa mortalidade infantil que, por ignorância dos pais,
Dizima as mais inocentes criaturinhas, as pobres...
Que tinham tanto azul nos olhos,
Tanto que dar ao mundo!
Eu mandaria rezar o réquiem mais profundo
Não só pelos meus
Mas por todos os poemas inválidos que se arrastam pelo mundo
E cuja comovedora beleza ultrapassa a dos outros
Porque está, antes e depois de tudo,
No seu inatingível anseio de beleza!
Mário Quintana
Se não fora abusar da paciência divina
Eu mandaria rezar missa pelos meus poemas que não conseguiram ir além da terceira ou quarta linha,
Vítimas dessa mortalidade infantil que, por ignorância dos pais,
Dizima as mais inocentes criaturinhas, as pobres...
Que tinham tanto azul nos olhos,
Tanto que dar ao mundo!
Eu mandaria rezar o réquiem mais profundo
Não só pelos meus
Mas por todos os poemas inválidos que se arrastam pelo mundo
E cuja comovedora beleza ultrapassa a dos outros
Porque está, antes e depois de tudo,
No seu inatingível anseio de beleza!
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