domingo, 18 de julho de 2010

Mais uma razão





As pernas tremem, desabando em abismo. As mãos se gelam, desfiguradas pela tensão. O coração retumba no peito amante. O músculo pulsante envia o sangue necessário, para o ser que insiste em não respirar. Então, é como se tudo girasse em câmera lenta. Apenas o som, da voz do amado é o suficiente para inebriar de completo, mesmo o não correspondido. Sonhos desperdiçados na trajetória, juras nunca ditas, promessas nunca feitas. Amores que morrem no próprio peito de seus donos. Por que nada poderia ser tão simples, e seguiríamos apenas sem sofrer? Por que insistir em amar o impossível? Porque simplesmente não nos é dado o controle de tudo, apenas por que o músculo pulsante, não é apenas um músculo, é a porta para um mundo de destrezas imensuraveis, ao mesmo tempo, de escolhas que não cabem a razão.