quinta-feira, 29 de março de 2012

Assim se fez. Quebrou-se o abismo do silêncio. Encurtaram-se as fronteiras dos braços e aproximaram-se os corações desavisados. No pesado instante, longamente vivenciado, perderam-se as lágrimas e o ódio contido. O que restava era o bom, o sábio, o puro. O belo.
Restavam os olhos e as memórias pálidas, calcadas de tempo. Cinco, dois, dez, trezentos meses. Tanto faz. Não há de se contar pelos dias ou pelas horas, que dirá pelos meses, o tempo interno, o tempo que não necessita de tempo algum. No mesmo lugar, com uma outra despedida. Afinal, alguém disse que deve-se viver um dia sempre diferente ao outro. Então, vivamos!