sábado, 8 de setembro de 2012

06/07/12

97 km/h. Poucas palavras ditas ao acaso. O homem grande, que quase não coube dentro do táxi, parecia feliz ou, no mínimo, satisfeito. Feliz em retornar ao país que o acolhera a exatamente 41 anos e 364 dias, para que agora pudesse preparar a volta definitiva para a sua terra cansada de guerras.
A mulher e a menina no banco traseiro se acanhavam com o quase estranho conhecidíssimo homem. Tudo em rebuliço por dentro.
Gostaria de ter aberto meu peito e minha vida mais tardiamente. Esperado calmamente que uma espécie de mão divina me guiasse até um peito qualquer e que assim, sem pressa, nem pressão, me fisesse viva. E me ligasse aos poucos ao outro. Para que fosse menos incisivo, mais maduro e menos criticado. *suspiro*