segunda-feira, 5 de setembro de 2011


                                        I'M IN LOVE FOR ↑
As vezes a verdade está escancarada a nossa frente. Nós só não queremos olhar.
Não são mortas as ideias perdidas. São esquecidas entre o tempo, cheias de carvão e poeira.
São aquelas mais queridas, as frases que nunca saíram da cabeça. As belas ilusões momentâneas, entre o papel, o lápis e o meio da rua. Que se pode fazer, se elas não fazem distinção entre o quarto vazio e o ponto de ônibus. Aceitá-las e compreendê-las, escrevê-las na mão, ou guardá-las no coração, se não for permitido pelo destino a concretização. As belas ideias, são as musas imaginárias. As belas ideias são as não concretizadas.
Despencar do abismo parece não ser mais uma opção, já é um fato consumado.
As razões vão se perdendo e os motivos verdadeiros parecem nunca ter existido, mas mesmo assim, a veracidade não importa. São sentidos represados a muito, muito tempo, dentro dos corações de pedra e ar.
Mas não são opostos os elementos em si, são complementares.
O que se faz real no imaginário não é complexo, é mais falso que a própria angústia.
A questão é: existe fundo numa cratera mental?
Gosto do silêncio das manhãs de sol. Gosto de ouvir o vento e interpretar suas palavras não ditas.