domingo, 11 de setembro de 2011

Um diz sim, o outro não. E um terceiro diz talvez. O próprio não diz nada, só observa, estático, entre a dúvida e a certeza, traçando círculos, envolta de si mesmo, até cansar e se sentar nos próprios pés, esperando que milagres aconteçam em sua mão direita.
Enquanto o primeiro e o segundo discutem tanto que se anulam, gritando os próprios nome a eles mesmos, o terceiro senta ao lado do próprio, vendo a batalha fervorosa que se destaca a sua frente.
E aos poucos a vontade passa e cai no esquecimento por osmose, do talvez que abraça o próprio e não o deixa caminhar com as próprias pernas.
Como, porque a fome não mata e a garganta não seca de sede.
Se matasse, a fome que eu sinto, não comia mais. Pois me alimento da própria fome de não ter nome. da fome que come o rastro pintado de vermelho na areia. Da fome que come o homem, antes que o homem a mate.
Me alimento da fome que não cessa nem é escassa. E que não mata, nem engorda, pois a fome que se faz alimento, é a própria morte, fingindo ser comida.