sábado, 17 de dezembro de 2011

(Ainda) 17 de Julho de 2011

De repente, eu tenho um medo do escuro. E me sinto fraca perante o mundo. Tudo que se fornecia antes, parece se perder no que há tanto tempo me adormece. Não sinto falta de muita coisa, mas sinto falta da luminosidade do olhar. Parece que o tempo resolveu passar. Não ligo que o tempo passe, ele foi feito para passar. Assim como todo o resto. Assim como eu.
Passe o tempo e o espaço. Passe tudo e passe nada. Mas não me tenha mais medo do escuro.
Como é bom ter uma mãozinha
Dessas,
Quentes e pequenininhas,
Calçando as minhas.
Como abraços apertados
Não dados diretamente
Numa parte quase insignificante
Do corpo.
Que se manifesta,
Antes ou depois,
Do fim ou do começo,
Do sempre e do nunca.
Que se expressa através
Dos pequenos e singelos dedinhos
De criança, menininha
Pequenininha como a própria mãozinha.
Esvoaçada e amada
Amarelada
Corada - mãozinha.