segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Feliz Dia do Saci !

Fotos da 8ª edição da Festa do Saci & Seus Amigos, aqui em Guarulhos-SP. Muito doce, criança e brasilidade. E nada de ralouin!



Palhaços fazendo um som


 Um novo palhaço descoberto


Uma menina bonita ao acaso




As crianças


E o próprio!

Ensaio sobre o que importa









 L.M.P.L.
As cabeças encapuzadas gritavam em coro "Queima!! Queima!!"
Sombras, fumaça, fogo. A nebulosidade da morte é uma característica periclitante nas horas onde não cabe o medo.

Aquela amargura, aquele fel, aquele sabor adistringente e rançoso. Aquele enxofre mal visto. Não tem sentimento onde mora o vazio.

Não tinha nada em si. De ruim na situação apenas os pés, que começavam a arder em chamas curtas e pegajosas. Pele desintegrando enquanto o orgulho e a honra já tinham sido desfeitos a muito tempo.

Não tinha nada em si. Nada de muito especial, nada que valesse a pena do grito. Do desperdício da voz.

E as cabeças continuavam "Esquece esse teu medo! Vai pro fogo que é o teu lugar!".

Afinal de contas, era isso mesmo. O fogo é o seu lugar. Nenhum lugar no mundo cabia em si. Nenhuma possibilidade era visível, mesmo porque nunca houve possibilidade alguma.

A sirene ressoava pela segunda vez. Já era tempo de atender os pedidos aclamados.

"Rasga! Desfigura! Muda! Morre!".

Não era mais mulher. Nem homem, ou mesmo ser humano. Não no todo. Não era mais nada exato. Era uma confusão de pensamentos difusos. Era só aquilo que era. E não era nada.

O seu destino não era ser. Nem aceitar, ou mesmo recusar. Não lhe cabia a força ou a fome. Nada era tudo e tudo era alguma coisa. Quem sabe? Alguém diz que nunca consegue-se entender nada antes que se tenha acabado. Nada se entende enquanto se vive. E nada é tão certo quanto o corpo que se perde com a alma. Quando a consciência que se desmembra na morte. Não a morte da carne, mas a morte da esperança e de tudo aquilo mais que vai embora.