sábado, 25 de setembro de 2010



"A eterna desventura de não ser
O eterno querer sem ter
E é levando assim que num instante o coração se rompe.
Os pulsos param. O sangue já não corre.
Pois já é tarde quando a lágrima partida escoa sobre as faces.
Num devaneio, a imagem do ser buscado,
Num derradeiro instante, no qual se percebe tudo o que já não se pode ter.
Mentiras a si mesmo e o desejo
De espirar a noite em si.
A busca incessante do coração conjunto, é apenas a maior.
E quanto todas as vontades são suprimidas a uma única, então assim é que será.
O permanecer para sempre na penumbra.
Os sentimentos não revelados, os segredos alterados,
De modo à então, sobreviver. E só assim, permanecer com o santuário de nome corpo,
Porém sem o que o ocupe: alma.
Vazios se tornam, aqueles que não experimentaram o sabor de mel doce que corresponde ao amor.
Porém são esses que nunca experimentarão o amargo fel da decepção."


Isabel Beitler