domingo, 11 de setembro de 2011

Como, porque a fome não mata e a garganta não seca de sede.
Se matasse, a fome que eu sinto, não comia mais. Pois me alimento da própria fome de não ter nome. da fome que come o rastro pintado de vermelho na areia. Da fome que come o homem, antes que o homem a mate.
Me alimento da fome que não cessa nem é escassa. E que não mata, nem engorda, pois a fome que se faz alimento, é a própria morte, fingindo ser comida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário