domingo, 3 de abril de 2011

Vejo minha vida por inteiro e é como se visse a chuva de fora. E ao mesmo tempo, como se ela corresse dentro de mim. Não sinto vontade de chorar, por que, no fundo, as grossas gotas choram por mim. E essa chuva material que deságua, me acolhe. Me guarda como uma semelhante. Como uma irmã. E não entendo ao certo o que significa tudo isso. Só deixo correr. Como a chuva passando pelas calçadas. Bueiros.

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