segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Ansio pela vida de nunca terei. Pelos tempos vindouros que, numa determinada esquina ou campo aberto, se esclarecerão como inexistentes, como fruto onírico da infância, do desejo capitalista, das revistas de moda com lindos anúncios publicitários próximos ao mar mais azul que eu já (não) vi. Espero secretamente (tão secretamente que nem me dava conta até então) por qualquer coisa impossível, qualquer coisa que, mesmo que seja real, não terá o sabor que agrego a ela agora. Qualquer coisa inexistente, inatingível. Tomo consciência de sua virtude de sonho, mas, por uma força ainda inesclarecida, não há maneira de me desvenciliar do propósito de alcançar o sonho, que não tem forma definida, mas tem vontade. Vontade febril de existir.
sábado, 24 de novembro de 2012
Sou diferente de todas as coisas que acreditava ser. Inacreditávelmente diferente de tudo que pensava existir e de tudo que ainda poderei ser. Pensar nada adianta, se nada segue adiante. Estática personalidade, mutantes estatísticas sobre minha pressão interna. E temperatura corporal volúvel, volume se conserva. Dizem por aí: "É daquelas tipo transformação isocórica, sabe?". Sou física pura, meu bem.
A sincroniza da felicidade aparece e para em meu peito. Estaciona momentaneamente, mas ainda em movimento. Não sei de que forma. A calma de amor me preenche. Algo além do meu próprio corpo me preenche. Talvez devêssemos dar mais chances ao acaso, ao presente, ao que se oferece. Abrir mentes e corações para o que os seres humanos podem fornecer espontaneamente. Penso apenas no presente e como se fosse uma mistura sincera de Alberto Caeiro e Ricardo Reis, parece que mergulho num universo de sono e sonho. Quero viver.
"Is nice to love and be loved"
"Is nice to love and be loved"
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
"Pensando bem, não era tanto assim uma questão de hábitos nem de mimos. Acontece que toda hora é hora de avançar na escala evolutiva, subir mais um degrau. É mesmo impossível ficar parado e, qualquer que seja a direção em que as pernas começam a andar, o chão logo toma a forma de uma escada. Além do mais, é preciso reconhecer: sem mal-estar, sem adversidade, sem um castigo sequer, com se podem esperar que haja alguma adaptação?" - Rubens Figueiredo (Passageiro do Fim do Dia)
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
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