domingo, 5 de fevereiro de 2012

Melancolicamente, olho seus olhos na estante.
Perdi, teu choro, tua face corada.
Perdi um pouco de nada.
E um tratado constante.

Se já não me espera
Amanhã, talvez depois.
A morte de um domingo ou dois.
Que renascem numa outra esfera.

Tudo é distante.


Acho que essa coisa de inferno astral realmente existe...

sábado, 4 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Sabe, é ruim quando a gente quer falar mas não consegue dizer, é ruim quando a gente não quer falar e não sabe o que fazer, é ruim quando a gente não quer falar mas tem que dizer, mas é mais ruim ainda quando a gente quer falar mas não sabe o que dizer.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

PROGRAMA DE ADESTRAMENTO DE HUMANOS - DIA 1

Teus cortes no punho moreno
Vão ferindo a alma que me cerca.
Esse barco sem vela,
A deriva, a tormenta.
Sem rumo ou sentido.
Eu via, no canto escuro
Da iris colorida,
A pele vermelha,
A pouca casca que te cobria,
Desmanchar-se nas facadas
Regadas pela mão direita.
Teu sangue, era no fundo meu
E tua sutura era minha pele.
Minhas eram as veias profanadas,
Enquanto escorria a vida pelas tuas.
No entanto também fui
A faca cega,
A lâmina enferrujada,
Que lhe tirou a face do mundo.
Enquanto, tranquilamente dormia.