sábado, 20 de agosto de 2011

O que é que se expande?
O que se expande é um sorriso
Largo como uma galáxia distante

O sorriso que se explode
Como os eletrons de um átomo radioativo
Eletronegativo

De orelhas
Vem sorriso
Corando as faces doces e as amargas

Vem sorriso nas peredes governantes
Vem sorriso nas guerras insanas
Vem sorriso nas mentes ditatórias
Vem sorriso nas jangadas planas
Vem sorriso nas lutas sordidas
Vem sorriso nesse sistema falso
Vem sorriso

Libertar e explodir a podridão da injustiça
E sorrir em largas escalas
Para as coisas belas do mundo!

In-verso

É natural o amor que eu sinto pelo mundo
E se trago confuso esse sentimento
É porque me apodero das angustias
Dos esquecidos livros nas estantes

Com a frequência cardíaca
Trago em meus pensamentos o tema
Impossível de resolução

Porque palpitam em órbitas escuras
As invenções da mente
Formadas pelos diversos sons
Da música - da alma

É um desgaste eterno
E estou exausta de existir
Mas por mais discutível que seja
Não me canso nunca de viver!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011



Tudo isso me lembra um tempo tão distante, uma rotina irreal de deitar na grama e conversar sobre sonhos..
Mecânica
Laranja
Desmistifica as janelas fechadas
E as letras erradas
E as linhas tortas
Está dispersa
Está difusa
Está mecânica
Laranja

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Pensando bem, perder é algo tão natural.
Dinheiro, amor, gás carbônico, chave, tampa de caneta, jogo, cabelo, fome, anos. E por aí a vista.
Perder não é novo, não é estranho, perder já começa no início, perdemos um abrigo fácil e seguro, mais conhecido como útero, extremamente confortável e trocamos por um mundo: frio, sem cordão umbilical, com pressão, atmosfera e gente feia (das quais, nesse estágio de vida, você ainda não sabe, mas se encaixa muito bem na categoria). Mas, se vista de outro ângulo, é uma troca justa. Perde-se o conforto e se ganha um mundo inteiro, grande, com milhares de formas para se explorar. Nada parece tão bom quanto pode ser. Por mais que depois de abandonar seu antigo abrigo a vida tenha ido de mal a pior, não é culpa dela que você a tenha feito uma merda chatice.
Acontece, que no meio disso tudo, aparece Platão e sua lenda da caverna. As correntes da ignorância que aprisionam o homem a enxergar apenas a silhueta vaga do que as coisas realmente são. É também uma troca justa, libertar-se das correntes, do cômodo, confortável, fácil e falso, e receber a liberdade para observar o mundo como ele realmente é. Por que então o medo do que pode surgir grita mais alto?