sábado, 30 de julho de 2011

Ando pensando em me mandar desse planeta. Ouvi falar de um terreno pra vender, numa galáxia próxima daqui. Acho que pode dar certo. Parece que é meio vazio, mas é bom.
Sem gente, sem carro, sem som, sem ar, sem roupa, sem remédio, sem gravidade, sem telefone, e-mail, postal.
Melhor assim. Sobra mais espaço pra minha confusão. Sobra mais espaço pra inexatidão. Sobra mais espaço pro meu espaço.
Sobra mais espaço pra olhar as estrelas e pra perceber que a Terra ficou longe, e nela ficaram todos os meus problemas.


Nesse mundo insandecido, se eu não me permitir realizar as vontades do meu coração, então o que mais eu vou poder fazer?

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Se faz sem jeito esse meu amor
Que no seu peito bate
E sonha com um tempo bom
Pra lhe dizer
Que nada passa com o mesmo tom
Assim fazer
Essa pequena poesia
Essa linda canção
Fazer do tempo a nossa melodia
Que virá
Virando o chão
"O meu amor sai de trem por aí
e vai vagando degavar para ver quem chegou
O meu amor corre devagar, anda no seu tempo
que passa de vez em vento
Como uma história que inventa o seu fim"
- Tulipa Ruiz
A dimensão do futuro não se encontra em lugar nenhum. O futuro acontece como tem que acontecer, aparece no presente e no passado, e o impedimento da vontade não altera o que precisa ser.


Não fiz poesia nenhuma. Joguei palavras num canto qualquer de papel. Foram elas que saíram de mim, escorrendo pelas beiradas de um mundo particular, correndo em busca de algo novo. Parece que não se pede esse tipo de coisa. Elas simplesmente acontecem.