quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Sonhos, pra que te quero ?


"What your dream?"
Quando me fizeram esta pergunta, a resposta eu não sabia?
Qual é o meu sonho? Quais são os meus sonhos? Sinceramente hoje, não sei ao certo.
Um mundo mais justo, um mundo melhor quem sabe? Mas sonhos pra mim, exclusivamente meus? Não sei.
Já quis ser super-heróina, cientista, espiã, princesa, não quis ser astronauta, mas ainda quero ir à Lua.
Atualmente penso em tantas coisas, das quais nem sei listar ao certo. A dúvida ainda permeia em mim.
Porém voltemos aos sonhos.
Creio que hoje, meu maior sonho platônico e impossível, é poder voltar no tempo, a alguns anos a trás e ter passado no dia 30 de janeiro de 1969, uma tarde fria do inverno londrino, pelo edifício da Apple Records durante os 40 minutos do último show dos Beatles, antes da polícia aparecer. Não sei como uma paixão tão intensa possa ocorrer por algo que eu nem pude ao menos conhecer. Em 69 eu não era nem a imaginação de um feto.. mas mesmo assim, um vício arrebatador me torna uma beatlemaniaca, desde sempre, desde um bom tempo, desde algum tempo, este é o fato.
E mesmo sem a possibilidade que o tempo me dá de conhecer e viver uma grande época, ainda assim alguma coisa sem explicação concreta acontece no mais intimo de minha alma, algo que me prende e me fascina. Um sonho distante, sem possibilidades de concretização, mas ainda um sonho.


PS: Isabel Beitler ainda quer ser super-heróina
PPS: A boca do Paul é a melhor, haha

segunda-feira, 23 de agosto de 2010



Destruir as paredes, burlar as regras, cruzar as fronteiras, derrubar o poder. Viver conforme a música é dada. Ser livre de todas as maneiras, é a vontade mais sublime do ser. É a minha maior vontade. Se desprender do cotidiano, sentir a rebeldia no correr do sangue. A LIBERDADE e força de expressão. Deixar a minha marca no mundo, para construir um mundo, onde será possível viver. Sem regras, sem fronteiras. Limites territoriais, ou mesmo as fronteiras entre cada um e todos.
Ser isso, a mais pura e real liberdade. A de si para si mesmo.
Apenas isso, e então serei feliz.

" .. You may say I'm dreamer, but I'm not the only one
I hope same day you'll join us
and the word will be as one .."

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

As estrelas dos teus olhos

*Poema feito após a volta da Bienal do Livro.
Inspiração? Quem sabe o vício literário.



Deveras tenho o dever de amar sob o sol.
No qual, se me falta a alma, não me faltam as verdades humanas.
Serena e plácida, solúvel na água salgada de seus olhos.
Sereias de encantos teus, que me envolvem de todo o ser.
Apenas tenho, as destrezas das palavras humanas, e nelas expresso meus mais profundos sentimentos de êxtase ao teu lado.
Pois é ao lado teu, que me realizo, e onde sinto que minhas esperanças se esvaiam.
A ternura e o desejo juntos, caminhando lado a lado.
Nos ternos e gentis olhares teus, percebo já não o mundo em si, porém toda a alma do mesmo, onde repousa a beleza humana.
Pois se em teus olhos e tuas faces me perco, das mesmas tento fugir a todos os momentos.
Nos quais, não mais a dor, nem a tristeza, somente a vontade de sobreviver é quem me guia.
Pois ao lado teu, que já não existe ao lado meu, aos poucos os sonhos se desfalecem, feito nuvens ao céu, onde no fundo repousam as estrelas brilhantes dos seus olhos.


Isabel Beitler

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Meu coração



A expressão dos sentimentos de outrora, na música em perfeita harmonia.
Como em versos despertados em meu peito
Brotam a paixão e a música
Divinos num todo, dos sentimentos mais inóspitos.
Em terceiros cânticos, honestos em sua maioria
Pequenas frases que significam tudo.
Apenas gestos, que embebidos nos devaneios cardiológicos
Despertam na alma de quem se vê
A perfeita ilusão.

Isabel Beitler

"Meu coração, não sei porque, bate feliz quando te vê"

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Problemas da estação




Não sei se é todo o frio e a neblina que envolve o céu antes azul, ou se é meu próprio estado de espírito, mas de fato os dias são mais longos e tristes no cortante frio no inverno. A estação mais sonolenta e preguiçosa do ano. Sim, o fim do descanso escolar e o retorno à rotina monótona do saber. Novas velhas situações se põem presente na realidade da pouca experiência que temos, se repetindo ou se modificando, conforme o tempo. Ainda assim, a monotonia é às vezes gratificante, e a recompensa final e um brilhante futuro. Ou não. Porém isto já não é o mais importante. Pois o simples fato de participar disso tudo me alegra um pouco mais. Pois não é a apenas uma monótona rotina do saber. Isso tudo possui bons momentos. Momentos que recompensam mais do que um brilhante futuro. Mais do que um futuro inesperado. Por que nada dura para sempre. Cada dia é um dia, cada minuto é um minuto. E cada parte, é mais uma de um todo. Logo, cada parte da monótona rotina de viver, é apenas mais uma parte. E o inverno é só mais uma estação do ano.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dear Moon

Das tantas formas da Lua, já ouvi falar que quem vê a forma de um coelho na mesma é um apaixonado. Nunca o consegui ver. Ou talvez não tenha prestado bastante atenção. Ou mesmo não tenha me esforçado o suficiente para enxergá-lo. O fato presente e que mesmo sendo eu, incapaz de enxergar o bendito coelho, a bela Lua se faz presente o tempo todo. E enquanto o véu negro da noite cai sobre a Terra, enxergo as pretensões luminosas que vejo na face lunar. Em todos os quartos, crescente, cheia, minguante, nova, presente ela está, compadecendo-se dos pobres e tolos mortais terrenos, presenteando-os com seus lindos raios. Os mais credores, afirmam que este astro celeste contem poderes mágicos. Quem irá saber? Porém o fato é que o satélite natural terrestre, denominado apenas por LUA, consegue se mostrar deliberadamente numa face completa da Terra durante um conjunto de horas. A mesma Lua. Banhando diversas línguas, diversas culturas, diferentes pessoas. Unindo numa mesma noite, amigos e inimigos, amantes, magoas e pretensões, diferentes sentimentos banhados pelo mesmo astro celeste. É reconfortante, saber que todas as noites ela estará lá. Disposta a nosso favor, inalterada, independente da nossa vontade. Pois não é a Lua que diminui seu tamanho, e sim a Terra girando, combinada com o sol, que possibilita a ilusão aos humanos deste movimento lunar. Mesmo com nossas angustias ou alegrias, alheia a nossa vontade, ela permanece grandiosa e bela. E cada vez ao olhar para ela, tenho a certeza de que tudo ficará bem, que tudo, assim como ela irá mudar, até sumir, e recomeçar de novo.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Plano Piloto




"Era só um rabisco no ermo que atordoa os poetas
Um sopro ponteando o nada
ao mais concreto do lugar nenhum.
Um verso solto que de tão plano,
devia só ter a altura de um horizonte embaçado.
Desses que só os olhos desertos de utopia
são capazes de umedecer."

- Marcus Vinícius Carvalho Garcia




Como já dizia o poeta Drummond “Era um rabisco e pulsava". A bela definição para a cidade central. Brasil, plenos os três poderes, a definição de uma nação encontra se aqui. Brasília. Depois de precisamente uma hora e quarenta e três minutos na grande aeronave, Brasília. Mais do que um ponto turístico, mais do que a capital da pátria. Uma utopia real. Um sonho planejado em detalhes, a obra do mestre realizada. Em meio ao céu belo, entre as belas arquiteturas, nas quadras e praças. Terra de tempo bom. É vista a clara diferença entre ouvir sobre e ver. Em qualquer lugar na terna infância brasileira , nos é ensinado sobre a capital, os nomes de seus parlamentos onde é definido boa parte de nossos destinos.
OUVIR sobre Brasília, ver apenas as fotografias vazias e de repente, VER Brasília, sentir a cidade em si mesmo, respirar o ar ameno. O coração pulsa mais fortemente, rumo ao infinito da noite na capital brasileira. A utopia ofertada aos olhos do poeta, aos olhos de quem aqui pisa. Aos olhos da grande cidade, em formato da perfeita aeronave que pousa nos corações dos homens e oferece seu intenso brilho febril. É um desenho vivo, era um rabisco e pulsava.