Escolhendo o mínimo do mínimo dentre candidatos com cabeças expostas em bandeja de prata. Me senti dessa maneira após apertar o último confirma e sair da seção 0386. Sem grandes perspectivas de futuro, esperando que em algum ponto, tenha feito a escolha certa. Vazia. Impotente. Levada pela corrente e lavada pela chuva de papeis amassados e escorregadios que vai continuar cobrindo as ruas até o fim da semana. E depois entupindo bueiros até o final do mês. Afogando alguns sujeitos azarados, a mercê de uma linda constituição falha. Se bem que não é verão, então os sujeitos azarados agora são sortudos. Alguns ganharam seus respectivos "cinquentinha" para distribuir os cartõezinhos que vão entupir os bueiros, pertencentes também aos sujeitos que aceitam os papeis coloridos, observam desatentamente os números e as faces gordas e enrugadas no papel, apertam os mesmos números na urna cinza, para depois atirarem o retângulo da origem do voto a um canto qualquer. Sujando as calçadas que também são dos sujeitos que não jogam papeis no chão. Achei que algum sentimento revolucionário iria brotar de meu peito no último instante, mas não. Foi mecânico.
A gente espera que dê certo.
domingo, 7 de outubro de 2012
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
domingo, 30 de setembro de 2012
Os cânticos religiosos proferidos do outro lado da janela. Prostrada na cama, entre cobertas, sentindo-me como um corpo morto, velado em novena, como embalado por um sono doce de infância. De infância de acompanhar avó na reza e de entoar ladainha e terço. Há tempos não coloco um pé na igreja. Questão de identificação e de questionamento. Nada melhor que a doença para fornecer inspiração.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
terça-feira, 11 de setembro de 2012
"Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular" - Marisa Monte (Infinito Particular)
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular" - Marisa Monte (Infinito Particular)
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