domingo, 2 de setembro de 2012

"You aint got no shoes,
But you've got the blues
And that's enough to hit the road" - Mallu Magalhães (You know you've got)
Seis dias tristes por um feliz. Uma eternidade por uma fração de segundos. E você bem ali do lado, na amargura que corrói.

sábado, 1 de setembro de 2012



O primeiro Degas, o primeiro Monet, o primeiro Renoir, o primeiro Van Gogh, o primeiro Cézanne, o primeiro Gauguin, o primeiro Lautrec, é coisa memorável. Respirar o mesmo ar refrigerado que as telas e as tintas, craqueladas ou não, dos amados estudados, é dar nova vida aos gênios das pinturas conservadas pelo amor do tempo e dos curadores de exposições. Olhar Gabrielle e Jane de traços suaves e pele iluminada, a brincar com seus bichos de madeira, chega ao ponto do espanto de descobrir a existência dos mesmos, pela primeira vez. As bailarinas azuis nos bastidores, numa semi-dança clássica, muito além da termosfera.  As ninfeias.  Sim, as ninfeias. As ninfeias matizadas sob a pequena ponte arroxeada do jardim de Giverny. As ninfeias feito ninfas. Nos sonhos materializados em misturas de cores na tela, intensa represetação dos reflexos da luz, e uma impressão do nascer do sol.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012


Três. Sentados junto a calçada crua de cimento e cal. Olhares fixos em caixas extremamente longes dali. Coisas internas mais que extremas.
Focar-se no ponto azul longínquo, no meio do infinito azul, mão significa necessariamente que se esteja olhando qualquer coisa.
Nenuma pele toca outra, nenhum olhar ousa desviar-se de seu ponto fixo, mas, talvez pelo calor emanado pelos corpos, era como se estivessem ligados, cobertos pelo mesmo perfume insípido feito do que podia se chamar vida. Em conjunto. Ou mesmo não.