"Eu confio no fluxo natural da vida"
Como posso eu dizer, que confio no fluxo natural da vida, se me imponho regras, normas, horários e regulamentações em tempo integral? Tempo esse, que não existe. O relógio, apenas o relógio existe. Não confio. Se confiasse não seguiria penando por fazer tudo que não gosto. É bem fato, que devia aprender a confiar, mas não confiar é o próprio fluxo natural, não da essência, mas da realidade da vida que encarno.
Quem me disse que confia, foi alguém que gosto muito, mas que não acredito que realmente confie nesse tal fluxo natural. Prendo-me ao relógio e as obrigações, ela também.
Obrigações é um nome que provoca uma angústia no peito só de ouvir.
Tenho mais medo da rotina e da monotonia em que me encontro, do que do amor e olha que tenho um medo tremendo do último. Porque rotina e monotonia podem ter fim, mas se enraizam feito erva daninha, fechando olhos, mãos e coração.
domingo, 15 de abril de 2012
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Intertexto
Pequena mosca,
Mosca que anda em jogo vão,
Cortada por entre meios
Brutos, pelas mãos toscas e rudes.
Ah, pequena mosca,
Quem dera tu, fosse como eu.
Quem dera gozasse os prazeres
Da decreptude humana.
Quem dera mosca,
Tu gozasse o tédio e a angústia.
Tu amasse os homens que,
No entanto,
Lhe desprezam.
E que eu, mosca,
Tivesse as tuas asas simétricas
E o teu jogo animal.
E tu, mosca
Cortasse os olhos e as asas
Do jogo bruto
Da vida.
Mosca que anda em jogo vão,
Cortada por entre meios
Brutos, pelas mãos toscas e rudes.
Ah, pequena mosca,
Quem dera tu, fosse como eu.
Quem dera gozasse os prazeres
Da decreptude humana.
Quem dera mosca,
Tu gozasse o tédio e a angústia.
Tu amasse os homens que,
No entanto,
Lhe desprezam.
E que eu, mosca,
Tivesse as tuas asas simétricas
E o teu jogo animal.
E tu, mosca
Cortasse os olhos e as asas
Do jogo bruto
Da vida.
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