sábado, 31 de março de 2012


Nunca tive medo
De saudade calada
Ou de morrer cedo.
A minha vida se resume
Em não resumir nada
Deitar a manhã no costume dos olhos fechados
E dormí-los, embalá-los em sono baixo
Qualquer que seja a noite azul
Namorados, namorados,
São uns tolos
Que se beijam e se invejam,
Que se guardam e se rezam,
Mas se amam
Na regra geral.
Namorados são uns tolos
Uns caolhos, uns bêbados.
Uns felizes.
Mas são lindos, os namorados
Pois sendo um do outro
São do mundo.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Assim se fez. Quebrou-se o abismo do silêncio. Encurtaram-se as fronteiras dos braços e aproximaram-se os corações desavisados. No pesado instante, longamente vivenciado, perderam-se as lágrimas e o ódio contido. O que restava era o bom, o sábio, o puro. O belo.
Restavam os olhos e as memórias pálidas, calcadas de tempo. Cinco, dois, dez, trezentos meses. Tanto faz. Não há de se contar pelos dias ou pelas horas, que dirá pelos meses, o tempo interno, o tempo que não necessita de tempo algum. No mesmo lugar, com uma outra despedida. Afinal, alguém disse que deve-se viver um dia sempre diferente ao outro. Então, vivamos!

terça-feira, 27 de março de 2012

RECADOS DE MARTE

Transmissão nº 8
Se perder no mundo é só uma questão de perspectiva