quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

"Não sei porque minha mente produz sonhos malucos à noite. O mundo real já é esquisito o suficiente." - Calvin and Hobbes

Adeus, primeiro amor.

Por esse instante decidi me perder propositalmente no tempo e no espaço e esquecer que agora ainda é agora. Imagino, neste lapso de memória que agora é ontem, ou que agora é amanhã. Mas mais ainda que aqui é outro lugar. Outro mais bonito e vivo. Menos monótono ou previsível. Menos óbvio.
Com um acento cromático em verde ou azul, se é que isso é possível. Não sou muito de cores, de qualquer modo. Mas ainda assim é possível abrir os olhos para a tela do cinema e observar a imagem bonita e bem trabalhada, com uma luz perfeita na composição. Um brilho nos lábios ou no corpo desnudo. Uma frequencia cardiaca fluida e descompromissada. Parece que se tem a liberdade de perder oxigênio nesse enigmático instante longe de tudo.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Ela olhava para Francisco como se fosse eterno. O tempo não era calculável enquanto recaia sobre suas órbitas o olhar santo. A face magra e relaxada transparecia sua infinitude. Francisco também era homem, como todos os outros de sua espécie. Ela também. Sem o mínimo de malícia ou ganância. Ainda era homem. Humano, apesar de ser imagem colorida no painel da construção de concreto armado, era a representação mais pura do que havia de belo no mundo.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012


"Na chuva fria ser calor
Ser a noite que se acendeu
Para que a vida real não amedronte" - Beto Guedes



De noite ouvi um anjo sussurrar seu nome.
E era assim tão bonito, seu nome à voz do anjo,
que até pensei que o anjo era você.