É incrível como a vida passa, como segue e continua. Como muda infinitamente tantas e tantas vezes.
Já escrevi bastante sobre a vida. Muito menos do que gostaria, mas creio que já uma quantia considerável, comparando os poucos anos que usufrui dela. O fato é, que sobre isso não sei muito.
Não sei se realmente alguém sabe alguma coisa sobre o termo vida. Fazemos suposições, criamos esperanças, procuramos vivê-la, ou apenas presencia-la, de qualquer modo passamos por ela.
Não sei nada sobre a vida. Mas quero aprender. Digo que não sei nada pois na mesquinha "classe média" em que me encontro, a vida é dada. Pronta. Com script e tudo mais. Uma sociedade que traça retas, normas e padrões de moral e bons costumes. E se alguém por acaso pretende traçar outro rumo, descobrir novas regras, ultrapassar os limites da moral e dos bons costumes, precisa fazer por si mesmo.
Não é de hoje que se questiona a vida. Questionar é de sempre. Faz parte dos instintos humanos. A famosa curiosidade que nos move. Aquela que nos diferencia como racionais.
Porém de um tempo pra cá, de alguns bons séculos até agora, alguns instintos foram domesticados e a curiosidade e o questionamento do homem sobre si e o mundo ao seu redor foi suprimido a apenas aquilo que nos é dado.
Não sei muito da vida, mas ainda questiono. Obrigo a mim mesma a não sucumbir ao que é dado. Tento trazer de volta o instinto que move o mundo, o questionamento, a curiosidade. É uma grande pretensão dizer que sei algo da vida, mas talvez eu saiba. Talvez todos nós carreguemos uma pequena partícula de sabedoria de um todo, que seja a resposta para todos os questionamentos.
Uma vida é muito curta. Mas a história, o tempo, a memória, os feitos, são eternos.
Talvez não eternos, mas é como se tudo que é feito ficasse gravado na alma do mundo, uma alma eterna e infinita. Como o próprio Universo que nos abriga.

Somos muito novos e muito velhos, mas ainda é cedo pra poder dizer que sabemos algo. Estamos cansados, mas a vida ainda nem começou.

"Viver é a coisa mais rara do mundo.

A maioria das pessoas apenas existe." - Oscar Wilde

E onde foi que no meio do caminho eu perdi a inspiração?
E onde foi que as conversas sobre o mundo e a revolução começaram a esfriar? Onde foi parar aquela menina que ia mudar o mundo? Onde foi parar meu livro sobre anarquismo? Onde foi parar a realidade? Onde foi parar a utopia? Onde foi parar o sonho? Onde foi parar a luta? Onde foi parar a liberdade? Onde está a minha liberdade? Onde foi parar a vontade de se libertar?

Eu não quero apenas existir.

Eu sinto falta de coisas mais simples, de quando era nós e não eles. Sinto falta de abraços. Eu sinto falta dos seus olhos castanhos, que me olhavam de uma forma, como ninguém nunca olhou.

Um ano a mais, um ano a menos.

15. Ainda nem é meu aniversário, mas não significa nada, e talvez signifique muito. Mais um ano, mais vivência.

Menos anos de vida, mas isso é tão bom! Significa que já tive experiências,durante quinze anos, que posso guardar pra sempre. Posso me desprender de algumas inúteis também, ganhar novas.

É tudo uma coisa que muda. Mas na verdade, não me sinto muito diferente. Quer dizer, me sinto muito diferente de como me sentia ano passado neste mesmo dia. É como se pudesse entrar numa máquina do tempo e perceber como me sinto mais crescida. Só internamente, por que 2 centímetros a mais de altura não é tanta coisa assim.

De lá pra cá tanta coisa mudou. E há dois anos? E cinco anos então? Não é possível nem comparar.

Espero que daqui mais cinco anos possa dizer que tudo mudou, pra melhor.

Possa dizer que me sinto mais madura, interna e externamente.

Quem sabe possa dizer que amei mais, que agradeci mais, que senti mais. Que vivi mais.

Só desejo ser feliz cada dia . Só desejo, que meu sorriso na face seja verdadeiro sempre.

Só desejo que os dias continuem, que eu continue. E que o mundo a minha volta se encha de sorrisos ventosos e canções de amor. Afinal de contas, ainda nem é meu aniversário. Agora, só amanhã !

Por hoje é só

Chega por hoje. Prometo que não quero mais chorar. Prometo que não quero mais amar. Prometo que não quero mais me importar. Prometo que não quero mais pensar.
Prometo que quero refletir. Prometo que quero não julgar. Prometo que quero me desligar de tudo. Prometo que quero me ouvir. Prometo que quero parar. Prometo que quero seguir.

Não prometo que vou conseguir todas essas coisas. Mas prometo que vou tentar. Pelo menos por essa noite.

Esqueçe o que eu disse. Nem todo mundo ama. É.

É possível tranformar um elemento em outro usando a radioatividade. Será que é possível transformar sentimentos também?