segunda-feira, 23 de agosto de 2010



Destruir as paredes, burlar as regras, cruzar as fronteiras, derrubar o poder. Viver conforme a música é dada. Ser livre de todas as maneiras, é a vontade mais sublime do ser. É a minha maior vontade. Se desprender do cotidiano, sentir a rebeldia no correr do sangue. A LIBERDADE e força de expressão. Deixar a minha marca no mundo, para construir um mundo, onde será possível viver. Sem regras, sem fronteiras. Limites territoriais, ou mesmo as fronteiras entre cada um e todos.
Ser isso, a mais pura e real liberdade. A de si para si mesmo.
Apenas isso, e então serei feliz.

" .. You may say I'm dreamer, but I'm not the only one
I hope same day you'll join us
and the word will be as one .."

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

As estrelas dos teus olhos

*Poema feito após a volta da Bienal do Livro.
Inspiração? Quem sabe o vício literário.



Deveras tenho o dever de amar sob o sol.
No qual, se me falta a alma, não me faltam as verdades humanas.
Serena e plácida, solúvel na água salgada de seus olhos.
Sereias de encantos teus, que me envolvem de todo o ser.
Apenas tenho, as destrezas das palavras humanas, e nelas expresso meus mais profundos sentimentos de êxtase ao teu lado.
Pois é ao lado teu, que me realizo, e onde sinto que minhas esperanças se esvaiam.
A ternura e o desejo juntos, caminhando lado a lado.
Nos ternos e gentis olhares teus, percebo já não o mundo em si, porém toda a alma do mesmo, onde repousa a beleza humana.
Pois se em teus olhos e tuas faces me perco, das mesmas tento fugir a todos os momentos.
Nos quais, não mais a dor, nem a tristeza, somente a vontade de sobreviver é quem me guia.
Pois ao lado teu, que já não existe ao lado meu, aos poucos os sonhos se desfalecem, feito nuvens ao céu, onde no fundo repousam as estrelas brilhantes dos seus olhos.


Isabel Beitler

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Meu coração



A expressão dos sentimentos de outrora, na música em perfeita harmonia.
Como em versos despertados em meu peito
Brotam a paixão e a música
Divinos num todo, dos sentimentos mais inóspitos.
Em terceiros cânticos, honestos em sua maioria
Pequenas frases que significam tudo.
Apenas gestos, que embebidos nos devaneios cardiológicos
Despertam na alma de quem se vê
A perfeita ilusão.

Isabel Beitler

"Meu coração, não sei porque, bate feliz quando te vê"

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Problemas da estação




Não sei se é todo o frio e a neblina que envolve o céu antes azul, ou se é meu próprio estado de espírito, mas de fato os dias são mais longos e tristes no cortante frio no inverno. A estação mais sonolenta e preguiçosa do ano. Sim, o fim do descanso escolar e o retorno à rotina monótona do saber. Novas velhas situações se põem presente na realidade da pouca experiência que temos, se repetindo ou se modificando, conforme o tempo. Ainda assim, a monotonia é às vezes gratificante, e a recompensa final e um brilhante futuro. Ou não. Porém isto já não é o mais importante. Pois o simples fato de participar disso tudo me alegra um pouco mais. Pois não é a apenas uma monótona rotina do saber. Isso tudo possui bons momentos. Momentos que recompensam mais do que um brilhante futuro. Mais do que um futuro inesperado. Por que nada dura para sempre. Cada dia é um dia, cada minuto é um minuto. E cada parte, é mais uma de um todo. Logo, cada parte da monótona rotina de viver, é apenas mais uma parte. E o inverno é só mais uma estação do ano.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dear Moon

Das tantas formas da Lua, já ouvi falar que quem vê a forma de um coelho na mesma é um apaixonado. Nunca o consegui ver. Ou talvez não tenha prestado bastante atenção. Ou mesmo não tenha me esforçado o suficiente para enxergá-lo. O fato presente e que mesmo sendo eu, incapaz de enxergar o bendito coelho, a bela Lua se faz presente o tempo todo. E enquanto o véu negro da noite cai sobre a Terra, enxergo as pretensões luminosas que vejo na face lunar. Em todos os quartos, crescente, cheia, minguante, nova, presente ela está, compadecendo-se dos pobres e tolos mortais terrenos, presenteando-os com seus lindos raios. Os mais credores, afirmam que este astro celeste contem poderes mágicos. Quem irá saber? Porém o fato é que o satélite natural terrestre, denominado apenas por LUA, consegue se mostrar deliberadamente numa face completa da Terra durante um conjunto de horas. A mesma Lua. Banhando diversas línguas, diversas culturas, diferentes pessoas. Unindo numa mesma noite, amigos e inimigos, amantes, magoas e pretensões, diferentes sentimentos banhados pelo mesmo astro celeste. É reconfortante, saber que todas as noites ela estará lá. Disposta a nosso favor, inalterada, independente da nossa vontade. Pois não é a Lua que diminui seu tamanho, e sim a Terra girando, combinada com o sol, que possibilita a ilusão aos humanos deste movimento lunar. Mesmo com nossas angustias ou alegrias, alheia a nossa vontade, ela permanece grandiosa e bela. E cada vez ao olhar para ela, tenho a certeza de que tudo ficará bem, que tudo, assim como ela irá mudar, até sumir, e recomeçar de novo.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Plano Piloto




"Era só um rabisco no ermo que atordoa os poetas
Um sopro ponteando o nada
ao mais concreto do lugar nenhum.
Um verso solto que de tão plano,
devia só ter a altura de um horizonte embaçado.
Desses que só os olhos desertos de utopia
são capazes de umedecer."

- Marcus Vinícius Carvalho Garcia




Como já dizia o poeta Drummond “Era um rabisco e pulsava". A bela definição para a cidade central. Brasil, plenos os três poderes, a definição de uma nação encontra se aqui. Brasília. Depois de precisamente uma hora e quarenta e três minutos na grande aeronave, Brasília. Mais do que um ponto turístico, mais do que a capital da pátria. Uma utopia real. Um sonho planejado em detalhes, a obra do mestre realizada. Em meio ao céu belo, entre as belas arquiteturas, nas quadras e praças. Terra de tempo bom. É vista a clara diferença entre ouvir sobre e ver. Em qualquer lugar na terna infância brasileira , nos é ensinado sobre a capital, os nomes de seus parlamentos onde é definido boa parte de nossos destinos.
OUVIR sobre Brasília, ver apenas as fotografias vazias e de repente, VER Brasília, sentir a cidade em si mesmo, respirar o ar ameno. O coração pulsa mais fortemente, rumo ao infinito da noite na capital brasileira. A utopia ofertada aos olhos do poeta, aos olhos de quem aqui pisa. Aos olhos da grande cidade, em formato da perfeita aeronave que pousa nos corações dos homens e oferece seu intenso brilho febril. É um desenho vivo, era um rabisco e pulsava.

domingo, 18 de julho de 2010

Mais uma razão





As pernas tremem, desabando em abismo. As mãos se gelam, desfiguradas pela tensão. O coração retumba no peito amante. O músculo pulsante envia o sangue necessário, para o ser que insiste em não respirar. Então, é como se tudo girasse em câmera lenta. Apenas o som, da voz do amado é o suficiente para inebriar de completo, mesmo o não correspondido. Sonhos desperdiçados na trajetória, juras nunca ditas, promessas nunca feitas. Amores que morrem no próprio peito de seus donos. Por que nada poderia ser tão simples, e seguiríamos apenas sem sofrer? Por que insistir em amar o impossível? Porque simplesmente não nos é dado o controle de tudo, apenas por que o músculo pulsante, não é apenas um músculo, é a porta para um mundo de destrezas imensuraveis, ao mesmo tempo, de escolhas que não cabem a razão.