Prefiro assim.
Sem roupa, sem maquiagem,
Sem peso, de cabelo solto.
Nua, nua, nua, nua, nua, nua,
Em todas as instâncias do amor.
domingo, 30 de dezembro de 2012
18/09/12 escrito no canto inferior direito de uma prova bimestral de física
O amor é um pedaço de terra, comprado a muito custo, num pouco desértico de mundo. Sem água, nem luz, nem nitrogênio, uma planta miúda nasceu.
Os ventos de dezembro não trazem nada, porque dezembro não tem ventos, tem mormaço. Tem Bukowski e falta de amor próprio. Dezembro carrega uma ironia particular, um famigerado e repetitivo ar de esperança, de fim, de vitória ou de perda de tempo total. De porre.
Dezembro carrega em si um ar de urgência, de pressa para acabar, de pressa pra ir embora e inserir um ponto final na história de um ano melancolicamente real. Impossível, inacreditável. Dezembro é a lembrança do meu fracasso E da minha amargura. É a lembrança de não ser lembrada.
Dezembro é a destituição dos fatos. Dezembro é o fim. Dezembro é só mais uma contagem temporal inútil. Só um mês e mais nada.
Se agosto é o mês do cachorro louco, dezembro é o mês do homem quebrado.
Dezembro é o fim para mim.
É quando os restos mortais daquela flor lilás que nós achamos juntos na calçada se esfacelam por acidente em meu colo.
Dezembro é o mês de entregar os pontos, o mês do cansaço e do esboço. Dezembro é a hora de pensar que nada valeu a pena, que foi tudo uma desgraça. De perceber que você caminha sozinho.
Dezembro é o mês da autopiedade, do remorso, da inquietação, da falta de perspectiva.
Dezembro é o mês do ócio e do ósculo descoberto.
Temo janeiro. E o dezembro que vem.
Porque dezembro ainda é a representação de futuro.
Dezembro é a morte prematura de algo que não se permite acabar.
Dezembro é imperceptível. Rápido, de uma forma contraditoriamente arrastada.
Dezembro é o próprio porre. Ganho aos sopetões, em goles para engasgar, com ânsia, feito água pra matar sede.
Dezembro é uma necessidade corrupta de provar a si mesmo sua capacidade de fatigar o outro e a si.
Dezembro é um pé no saco, uma vertigem, uma impotência de 31 dias.
Dezembro é a crueldade da repetição e da ausência do novo.
Dezembro é tudo que desprezo nos outros (é tudo que desprezo em mim).
Dezembro é o turbilhão, a raspa do tacho, a angústia prevista.
Dezembro é a necessidade do fim que nunca vem.
Dezembro é uma nuvem de poeira diretamente nos meus olhos.
Dezembro é o esclarecimento dos erros e a escancaração dos mesmos. Dezembro é a descoberta bruta.
Dezembro é um soco no ouvido.
Dezembro é uma flor negra e um fruto podre de uma vida sem grandes feitos.
Dezembro sou eu e ninguém mais.
Dezembro é o fim que nunca chega do filme que te angustia pela dor de cabeça que te provoca.
Dezembro é a penitência total.
Dezembro é um semi amar. Dezembro é o caos, o terror, a poesia.
Dezembro é uma falsidade sem tamanho, para suprir as iposições do superego.
Dezembro é a vontade de se jogar de um prédio de 90 andares, esperando que alguém milagrosamente te salve antes de cair.
Dezembro carrega em si um ar de urgência, de pressa para acabar, de pressa pra ir embora e inserir um ponto final na história de um ano melancolicamente real. Impossível, inacreditável. Dezembro é a lembrança do meu fracasso E da minha amargura. É a lembrança de não ser lembrada.
Dezembro é a destituição dos fatos. Dezembro é o fim. Dezembro é só mais uma contagem temporal inútil. Só um mês e mais nada.
Se agosto é o mês do cachorro louco, dezembro é o mês do homem quebrado.
Dezembro é o fim para mim.
É quando os restos mortais daquela flor lilás que nós achamos juntos na calçada se esfacelam por acidente em meu colo.
Dezembro é o mês de entregar os pontos, o mês do cansaço e do esboço. Dezembro é a hora de pensar que nada valeu a pena, que foi tudo uma desgraça. De perceber que você caminha sozinho.
Dezembro é o mês da autopiedade, do remorso, da inquietação, da falta de perspectiva.
Dezembro é o mês do ócio e do ósculo descoberto.
Temo janeiro. E o dezembro que vem.
Porque dezembro ainda é a representação de futuro.
Dezembro é a morte prematura de algo que não se permite acabar.
Dezembro é imperceptível. Rápido, de uma forma contraditoriamente arrastada.
Dezembro é o próprio porre. Ganho aos sopetões, em goles para engasgar, com ânsia, feito água pra matar sede.
Dezembro é uma necessidade corrupta de provar a si mesmo sua capacidade de fatigar o outro e a si.
Dezembro é um pé no saco, uma vertigem, uma impotência de 31 dias.
Dezembro é a crueldade da repetição e da ausência do novo.
Dezembro é tudo que desprezo nos outros (é tudo que desprezo em mim).
Dezembro é o turbilhão, a raspa do tacho, a angústia prevista.
Dezembro é a necessidade do fim que nunca vem.
Dezembro é uma nuvem de poeira diretamente nos meus olhos.
Dezembro é o esclarecimento dos erros e a escancaração dos mesmos. Dezembro é a descoberta bruta.
Dezembro é um soco no ouvido.
Dezembro é uma flor negra e um fruto podre de uma vida sem grandes feitos.
Dezembro sou eu e ninguém mais.
Dezembro é o fim que nunca chega do filme que te angustia pela dor de cabeça que te provoca.
Dezembro é a penitência total.
Dezembro é um semi amar. Dezembro é o caos, o terror, a poesia.
Dezembro é uma falsidade sem tamanho, para suprir as iposições do superego.
Dezembro é a vontade de se jogar de um prédio de 90 andares, esperando que alguém milagrosamente te salve antes de cair.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Ansio pela vida de nunca terei. Pelos tempos vindouros que, numa determinada esquina ou campo aberto, se esclarecerão como inexistentes, como fruto onírico da infância, do desejo capitalista, das revistas de moda com lindos anúncios publicitários próximos ao mar mais azul que eu já (não) vi. Espero secretamente (tão secretamente que nem me dava conta até então) por qualquer coisa impossível, qualquer coisa que, mesmo que seja real, não terá o sabor que agrego a ela agora. Qualquer coisa inexistente, inatingível. Tomo consciência de sua virtude de sonho, mas, por uma força ainda inesclarecida, não há maneira de me desvenciliar do propósito de alcançar o sonho, que não tem forma definida, mas tem vontade. Vontade febril de existir.
sábado, 24 de novembro de 2012
Sou diferente de todas as coisas que acreditava ser. Inacreditávelmente diferente de tudo que pensava existir e de tudo que ainda poderei ser. Pensar nada adianta, se nada segue adiante. Estática personalidade, mutantes estatísticas sobre minha pressão interna. E temperatura corporal volúvel, volume se conserva. Dizem por aí: "É daquelas tipo transformação isocórica, sabe?". Sou física pura, meu bem.
A sincroniza da felicidade aparece e para em meu peito. Estaciona momentaneamente, mas ainda em movimento. Não sei de que forma. A calma de amor me preenche. Algo além do meu próprio corpo me preenche. Talvez devêssemos dar mais chances ao acaso, ao presente, ao que se oferece. Abrir mentes e corações para o que os seres humanos podem fornecer espontaneamente. Penso apenas no presente e como se fosse uma mistura sincera de Alberto Caeiro e Ricardo Reis, parece que mergulho num universo de sono e sonho. Quero viver.
"Is nice to love and be loved"
"Is nice to love and be loved"
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
"Pensando bem, não era tanto assim uma questão de hábitos nem de mimos. Acontece que toda hora é hora de avançar na escala evolutiva, subir mais um degrau. É mesmo impossível ficar parado e, qualquer que seja a direção em que as pernas começam a andar, o chão logo toma a forma de uma escada. Além do mais, é preciso reconhecer: sem mal-estar, sem adversidade, sem um castigo sequer, com se podem esperar que haja alguma adaptação?" - Rubens Figueiredo (Passageiro do Fim do Dia)
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Alguém me disse: "Você não faz ideia". Aparentemente, a dor do mundo é sempre maior que a do próximo. Sempre a minha dor é maior que sua. E sempre meu conforto é menor que o seu. Meu drama é mais sincero. Sua babaquice é menor que a minha. A minha existência é pior e mais sofrida. "Você tem alguém". Como? Somos todos tão sozinhos, tão egoístas, íntimos apenas de nós mesmos, não revelando os segredos mais cretinos, mas acreditando piamente que eles não existem no interior de nossa mediocridade. A minha dor é talvez a mesma que a sua. Eu tenho ideia. Eu não sei, mas acredito entender.
sábado, 3 de novembro de 2012
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Hoje não avisto problemas futuros, nem imediatos. Acho que os desconheço. Acho que não os reconheço e desejo aplicar um sentimento apático de desconhecimento, ignorância fingida, fragmentada.Quero deitar em seu colo quente e apenas não ser nada. Fingir que o teu peito é o azul profundo do mar, querer sorver teu calor emanado. Ser nada além daquilo que no presente momento sou. Só.
"Eu jogava sentado
Olhando de lado, cansado
Amarrotado
Prematuro
Triste e cansado
Entrelaçado, comprometido e simbiótico
Biológico, estado inerte
Como está. E fica. Passa. E renova.
For Bel " - Julian de Oliveira Silva
Olhando de lado, cansado
Amarrotado
Prematuro
Triste e cansado
Entrelaçado, comprometido e simbiótico
Biológico, estado inerte
Como está. E fica. Passa. E renova.
For Bel " - Julian de Oliveira Silva
sábado, 20 de outubro de 2012
domingo, 7 de outubro de 2012
Escolhendo o mínimo do mínimo dentre candidatos com cabeças expostas em bandeja de prata. Me senti dessa maneira após apertar o último confirma e sair da seção 0386. Sem grandes perspectivas de futuro, esperando que em algum ponto, tenha feito a escolha certa. Vazia. Impotente. Levada pela corrente e lavada pela chuva de papeis amassados e escorregadios que vai continuar cobrindo as ruas até o fim da semana. E depois entupindo bueiros até o final do mês. Afogando alguns sujeitos azarados, a mercê de uma linda constituição falha. Se bem que não é verão, então os sujeitos azarados agora são sortudos. Alguns ganharam seus respectivos "cinquentinha" para distribuir os cartõezinhos que vão entupir os bueiros, pertencentes também aos sujeitos que aceitam os papeis coloridos, observam desatentamente os números e as faces gordas e enrugadas no papel, apertam os mesmos números na urna cinza, para depois atirarem o retângulo da origem do voto a um canto qualquer. Sujando as calçadas que também são dos sujeitos que não jogam papeis no chão. Achei que algum sentimento revolucionário iria brotar de meu peito no último instante, mas não. Foi mecânico.
A gente espera que dê certo.
A gente espera que dê certo.
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
domingo, 30 de setembro de 2012
Os cânticos religiosos proferidos do outro lado da janela. Prostrada na cama, entre cobertas, sentindo-me como um corpo morto, velado em novena, como embalado por um sono doce de infância. De infância de acompanhar avó na reza e de entoar ladainha e terço. Há tempos não coloco um pé na igreja. Questão de identificação e de questionamento. Nada melhor que a doença para fornecer inspiração.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
terça-feira, 11 de setembro de 2012
"Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular" - Marisa Monte (Infinito Particular)
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular" - Marisa Monte (Infinito Particular)
domingo, 9 de setembro de 2012
sábado, 8 de setembro de 2012
06/07/12
97 km/h. Poucas palavras ditas ao acaso. O homem grande, que quase não coube dentro do táxi, parecia feliz ou, no mínimo, satisfeito. Feliz em retornar ao país que o acolhera a exatamente 41 anos e 364 dias, para que agora pudesse preparar a volta definitiva para a sua terra cansada de guerras.
A mulher e a menina no banco traseiro se acanhavam com o quase estranho conhecidíssimo homem. Tudo em rebuliço por dentro.
A mulher e a menina no banco traseiro se acanhavam com o quase estranho conhecidíssimo homem. Tudo em rebuliço por dentro.
Gostaria de ter aberto meu peito e minha vida mais tardiamente. Esperado calmamente que uma espécie de mão divina me guiasse até um peito qualquer e que assim, sem pressa, nem pressão, me fisesse viva. E me ligasse aos poucos ao outro. Para que fosse menos incisivo, mais maduro e menos criticado. *suspiro*
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
domingo, 2 de setembro de 2012
sábado, 1 de setembro de 2012
O primeiro Degas, o primeiro Monet, o primeiro Renoir, o primeiro Van Gogh, o primeiro Cézanne, o primeiro Gauguin, o primeiro Lautrec, é coisa memorável. Respirar o mesmo ar refrigerado que as telas e as tintas, craqueladas ou não, dos amados estudados, é dar nova vida aos gênios das pinturas conservadas pelo amor do tempo e dos curadores de exposições. Olhar Gabrielle e Jane de traços suaves e pele iluminada, a brincar com seus bichos de madeira, chega ao ponto do espanto de descobrir a existência dos mesmos, pela primeira vez. As bailarinas azuis nos bastidores, numa semi-dança clássica, muito além da termosfera. As ninfeias. Sim, as ninfeias. As ninfeias matizadas sob a pequena ponte arroxeada do jardim de Giverny. As ninfeias feito ninfas. Nos sonhos materializados em misturas de cores na tela, intensa represetação dos reflexos da luz, e uma impressão do nascer do sol.
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Três. Sentados junto a calçada crua de cimento e cal. Olhares fixos em caixas extremamente longes dali. Coisas internas mais que extremas.
Focar-se no ponto azul longínquo, no meio do infinito azul, mão significa necessariamente que se esteja olhando qualquer coisa.
Nenuma pele toca outra, nenhum olhar ousa desviar-se de seu ponto fixo, mas, talvez pelo calor emanado pelos corpos, era como se estivessem ligados, cobertos pelo mesmo perfume insípido feito do que podia se chamar vida. Em conjunto. Ou mesmo não.
Focar-se no ponto azul longínquo, no meio do infinito azul, mão significa necessariamente que se esteja olhando qualquer coisa.
Nenuma pele toca outra, nenhum olhar ousa desviar-se de seu ponto fixo, mas, talvez pelo calor emanado pelos corpos, era como se estivessem ligados, cobertos pelo mesmo perfume insípido feito do que podia se chamar vida. Em conjunto. Ou mesmo não.
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Quero dançar o som da melodia que sai da tua boca e dá à tua boca a essência definitiva da coisa mais bela. E rodar em movimento de saia ampla, feito o infinito, nos quadris. Perder as unhas na pele, cravadas pouco a pouco a suplicar o santo nome. E os pés, que se afastam progressivamente do chão, trilham a trajetória da dança lenta, fluida, magnética, de globos oculares castanhos de passagem pelo mundo. Rodando, rodando, rodando, em um movimento kamikase que busca luz nos princípios mais estranhos. Na escuridão das faces cansadas da procura ininterrupta pela única verdade contida nos corpos terrenos: teu sangue sobre-humano, que conta aos anjos os segredos do céu. E conta a mim os segredos de dentro do homem, de dentro de ti, homem-humano-sobre-anjo. A luz que busca outra luz corrente, em outra face recorrente, em outro ser acorrentado. A luz que emana por princípio interno, é antes tocada, ativada, pela luz do outro. E dessa forma se faz corpo-celeste. E fonte de calor. Da noite escura do sorriso de lua crescente.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
terça-feira, 21 de agosto de 2012
"Sobre o oceano
Sobre o oceano, balançam as pernas
Riem da infelicidade, recebem-na com
Carinho, aguardam uma mudança
As águas calmas, mas profundas
Dançam sob seus pés, enquanto
Acenam aos barcos que distante vão
As estacas compridas sequer sustentam
O vento salgado e úmido que acerta
Lava suas feridas, refresca-lhes a alma
Buscam, dali de cima, um destino
Um rumo, um caminho que lhes leve
A um lugar um pouco melhor
Creem em si e no mar, em nada mais
Desafiam a morte e a vida, pois
Não creem em infelicidade maior
Fecham os olhos, gritam palavras
Fazem as dores serem levadas pelo ar
Sobre o oceano, balançam as pernas" - Guilherme C. Dias
Sobre o primeiro desejo, a primeira luz do dia, a coisa mais bela, azul e amarelo fundidos com nuances de branco puro, deixo agora a carta de despedida de meus prazeres. Confesso minhas angústias trancadas e a incapacidade criativa, limitada pela condilção de tristeza e amargura, tão incomuns em outros tempo, tão presentes no exato momento. Prezado seja o amor e as conexões da alma, prezada seja a falta que cala as lágrimas impuras de pura dor constante.
A singeleza do som do bandolim na música, não causa comoção real. É apenas trilha sonora dos apertos no peito e da falta de uma questão primordial que dê propósito.
Não se completam mais os corpos, nem os braços, só a água quente é conforto propício e posssivelmente palpável, para quem se esqueceu ou nunca soube o que fazer da existência.
Não, não há culpados. Nada além de sentimentos extremamente dramatizados, emocionalmente incapazes de se conterem dentro de si,
Não há nada nas mãos, quanto mais dentro do peito frio, que contraria as leis biológicas até então confirmadas. Não há capacidade de manter temperatura constante do corpo e de aquecer internamente o frio que emana de dentro pra fora.
Não há nada entre os pulmões. Nada inteiro entre os pulmões. Os próprios pulmões começam a se esvair no ar rarefeito.
Quero me desmanchar no ar.
A singeleza do som do bandolim na música, não causa comoção real. É apenas trilha sonora dos apertos no peito e da falta de uma questão primordial que dê propósito.
Não se completam mais os corpos, nem os braços, só a água quente é conforto propício e posssivelmente palpável, para quem se esqueceu ou nunca soube o que fazer da existência.
Não, não há culpados. Nada além de sentimentos extremamente dramatizados, emocionalmente incapazes de se conterem dentro de si,
Não há nada nas mãos, quanto mais dentro do peito frio, que contraria as leis biológicas até então confirmadas. Não há capacidade de manter temperatura constante do corpo e de aquecer internamente o frio que emana de dentro pra fora.
Não há nada entre os pulmões. Nada inteiro entre os pulmões. Os próprios pulmões começam a se esvair no ar rarefeito.
Quero me desmanchar no ar.
sábado, 18 de agosto de 2012
QUIPROCÓ
Há uma torneira sempre a dar horas
há um relógio a pingar no lavabos
há um candelabro que morde na isca
há um descalabro de peixe no tecto.
Há um boticário pronto para a guerra
há um soldado vendendo remédios
há um veneno (tão mau) que não mata
há um antídoto para o suicído de um poeta.
Senhor, Senhor, que digo eu (?)
que ando vestido pelo avesso
e furto chapéu e roubo sapatos
e sigo descalço e vou descoberto.
Há uma torneira sempre a dar horas
há um relógio a pingar no lavabos
há um candelabro que morde na isca
há um descalabro de peixe no tecto.
Há um boticário pronto para a guerra
há um soldado vendendo remédios
há um veneno (tão mau) que não mata
há um antídoto para o suicído de um poeta.
Senhor, Senhor, que digo eu (?)
que ando vestido pelo avesso
e furto chapéu e roubo sapatos
e sigo descalço e vou descoberto.
(Arménio Vieira)
domingo, 5 de agosto de 2012
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
sábado, 28 de julho de 2012
quinta-feira, 26 de julho de 2012
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Vamos fazer do mundo uma coisa bonita. Pintar de branco e de amor, desenhar por cima, descobrir a camada de cinza e transmutar. Bonito. E mudar por dentro, ser de novo até não ser nada mais. Se desfazer e se integrar. Ser sempre de si e do mundo, mais do mundo do que de qualquer outro alguém. Sem pretensão, pressão e com pé descalço.
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Despir o corpo, a começar pelos olhos. Despir os olhos. Despi-los até que os cílios sejam unos e se embrenhem por entre a íris, os buracos negros das suas íris. Dois lindos buracos negros de infinito e plenitude. Deitar o calor dos teus olhos pelas minhas veias e me tornar sua. (Palavra incompleta) nada cabe para te definir. Nem para me fazer viver.
sábado, 30 de junho de 2012
sexta-feira, 29 de junho de 2012
sexta-feira, 22 de junho de 2012
terça-feira, 19 de junho de 2012
quinta-feira, 7 de junho de 2012
terça-feira, 5 de junho de 2012
A um ausente
"Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
[...]
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
[...]" - Carlos Drummond de Andrade
domingo, 27 de maio de 2012
Morreu de acidente o meu amor. Não durou ao menos um segundo do infinito que prometera. Do infinito que perdido em quaisquer melodias, brincava de sair vivendo, pelos lugares bonitos do mundo.
Morreu de acidente, de atropelamento, de queda de cavalo, tropeçou ao sair do ônibus e bateu a cabeça no meio-fio do passeio público.
Morreu de acidente o amor que residia dentro do homem. Deu no jornal. A vizinhança viu, o pessoal do trabalho também. Me olharam de canto. Medo somado a pena, e mágoa. Um toque de reconhecimento.
Não tem cartão pra desejar meus pêsames. Muito menos pra morte de amor. "Vai, eu te encontro já."
Morreu de acidente, de atropelamento, de queda de cavalo, tropeçou ao sair do ônibus e bateu a cabeça no meio-fio do passeio público.
Morreu de acidente o amor que residia dentro do homem. Deu no jornal. A vizinhança viu, o pessoal do trabalho também. Me olharam de canto. Medo somado a pena, e mágoa. Um toque de reconhecimento.
Não tem cartão pra desejar meus pêsames. Muito menos pra morte de amor. "Vai, eu te encontro já."
"Anonymous asked: Se apaixonar por você é quase uma missão suicida, eu acho né.
eaiheaoeaihiueahieahuea é bem nessas…" - the dopest ghost
eaiheaoeaihiueahieahuea é bem nessas…" - the dopest ghost
sábado, 19 de maio de 2012
Ser pequeno, bem mais pequeno que qualquer coisa do mundo. Ser tão pequeno e tão apertado dentro de si e tão só em sua pequenez. Ser pequeno ao extremo, uma enorme, extensa e volumosa pequenez. Pequeno feito qualquer coisa pouco maior que um próton. Pequena, só é um bom adjetivo quando pronunciado depois do pronome possessivo "minha".
terça-feira, 15 de maio de 2012
Predico eu, Predicas tu
Meu tédio(sujeito) é (verbo transitivo) um grande monstro que gosta (verbo intransitivo) muito de mim.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Se carregue por seu baço.
Não há forma que,
Sucintamente,
Caracterize o imenso, o
grandioso, o
trépido e
incorpóreo amor.
Não há pausa certa que se
Entremeie, por entre risos
distintos,
Que sirva como fonte inspiradora
Para o grande coração
Que habita peitos desalentados
E desmamados e desprecavidos
E depreciados
De sua imensidão desregrada
De coração tácido e periférico
E esférico. Como as rodas matutinas
Da frota maquinária buzinante.
Os corações despreparados.
Não há, não há droga
para esses.
Corações remediados, remendados.
Imaculados
Em suas destrezas de alta
Valorização política.
Cheios de voz e de tédio
Imaculados pelo ócio.
Ambiguos pelo excesso.
Excesso e escasso de amor.
Não há forma que,
Sucintamente,
Caracterize o imenso, o
grandioso, o
trépido e
incorpóreo amor.
Não há pausa certa que se
Entremeie, por entre risos
distintos,
Que sirva como fonte inspiradora
Para o grande coração
Que habita peitos desalentados
E desmamados e desprecavidos
E depreciados
De sua imensidão desregrada
De coração tácido e periférico
E esférico. Como as rodas matutinas
Da frota maquinária buzinante.
Os corações despreparados.
Não há, não há droga
para esses.
Corações remediados, remendados.
Imaculados
Em suas destrezas de alta
Valorização política.
Cheios de voz e de tédio
Imaculados pelo ócio.
Ambiguos pelo excesso.
Excesso e escasso de amor.
quinta-feira, 10 de maio de 2012
sábado, 5 de maio de 2012
sexta-feira, 4 de maio de 2012
segunda-feira, 30 de abril de 2012
"Prefiro descobrir aos poucos, pensei. Saborear o mistério. Na quadra seguinte, ela atravessou a rua e sumiu no meio da gente miúda que andava pelo centro. Colorida em meio ao cinzento que predominava ao redor. Olhei para o rosto do porta-retrato: tinha uma luz particular, só dela, e um ar de quem poderia ser o que quisesse na vida.
[...]
Estou relendo o trecho em que o professor Schianberg se ocupa da separação dos amantes. As transitórias e irremediáveis. Ele menciona um maluco norueguês que afundou um navio como oferenda pela volta da amada. O problema é que o navio não era dele, e deu cadeia. Eu afundaria todos os navios nesta noite, Lavínia. Incendiaria o porto. Só para ver o brilho das chamas refletidos nos seus olhos escuros." - Eu Receberia As Piores Notícias Dos Seus Lindos Lábios - Marçal Aquino
[...]
Estou relendo o trecho em que o professor Schianberg se ocupa da separação dos amantes. As transitórias e irremediáveis. Ele menciona um maluco norueguês que afundou um navio como oferenda pela volta da amada. O problema é que o navio não era dele, e deu cadeia. Eu afundaria todos os navios nesta noite, Lavínia. Incendiaria o porto. Só para ver o brilho das chamas refletidos nos seus olhos escuros." - Eu Receberia As Piores Notícias Dos Seus Lindos Lábios - Marçal Aquino
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Nasceu com o coração aberto,
Escancarado, de peritônio exposto
Para que o mundo visse
Sua face real.
Nasceu sem derme
Que o revestisse,
Pronto para que o mundo
O acertasse em cheio
No alvo principal,
No alvo único.
Nasceu sem medo.
O mundo o matou
Em seu primeiro fólego
Com a pesada mão
Da agonia de ser mundo.
Pois era demais corajoso
E demais verdadeiro
E demais espírito
Para que pudesse existir.
Escancarado, de peritônio exposto
Para que o mundo visse
Sua face real.
Nasceu sem derme
Que o revestisse,
Pronto para que o mundo
O acertasse em cheio
No alvo principal,
No alvo único.
Nasceu sem medo.
O mundo o matou
Em seu primeiro fólego
Com a pesada mão
Da agonia de ser mundo.
Pois era demais corajoso
E demais verdadeiro
E demais espírito
Para que pudesse existir.
terça-feira, 24 de abril de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Hoje a sua mão me chamou, de leve, provocando um curto-circuito em minhas funções motoras. E nada além do riso frouxo me passou pela face. Tentei ir, seguir pelo caminho reto e curto da felicidade. Mas não seria eu, se não complicasse ao menos um tanto. O muito de tato, que havia no chamado vago feito pelas mãos de dedos longos era uma oração, um encantamento. Mas recusei.
Deixei passar ao largo, tua boca, teu perfume, tua névoa. Fiquei.
Nem sei porque não fui. Nem sei se ainda tem tempo. Nem sei se tudo foi sonho.
É esperar pra ver, meu bem.
Deixei passar ao largo, tua boca, teu perfume, tua névoa. Fiquei.
Nem sei porque não fui. Nem sei se ainda tem tempo. Nem sei se tudo foi sonho.
É esperar pra ver, meu bem.
sábado, 21 de abril de 2012
Poesia é uma questão de olhos
"pois forma e função coexistem e seus papéis só se definem no contexto" - p. 222, Gramática Reflexiva, William Cereja e Tereza Cochar
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Faz tempo que os meus pés deixaram de me sustentar. Pairando no vácuo, no espaço, numa terra distante, girando e girando, sem direção, sem mastro, nem leme, nem vela. Sem barco, na sinceridade.
Faz tanto tempo, e eu já nem ouso lembrar do início. Parece que é uma caminhada longa a volta, a ida e até o não sair do lugar. Abandonar essa cadeira rasgada, colocar os pés no chão, parece a velhice morando dentro, das almas acostumadas a mesma vivência, ao mesmo segredo recontado, a mesma música e as mesmas palavras. Sempre o voo dos pássaros acontece por trás da janela fechada.
Faz tanto tempo, e eu já nem ouso lembrar do início. Parece que é uma caminhada longa a volta, a ida e até o não sair do lugar. Abandonar essa cadeira rasgada, colocar os pés no chão, parece a velhice morando dentro, das almas acostumadas a mesma vivência, ao mesmo segredo recontado, a mesma música e as mesmas palavras. Sempre o voo dos pássaros acontece por trás da janela fechada.
É a sua intensidade, o que mais me seduz. É tudo tão forte, tão vívido, quando tem você no meio. Deve ser porque eu sou assim, sempre mais perto da calmaria, da falta de riscos e do ácool, das mesmas músicas, dos mesmos erros, do mesmo medo, do intelecto, da teoria. Da mesma angústia tola. Mas é isso que mais me assusta em você também. Parece que em cada meio passo, você vê vinte. Deseja vinte. A falta deles é um turbilhão de coisas, como meus textos sem nexo. Como os parágrafos soltos de meus textos sem nexo.
Não há linearidade em nós. Há um ciclo, imutável e desgastante, que nos prende, um ao outro. Numa infinita volta que vai se quebrando em milhares de pedaçinhos, ao longo do caminho, mas nunca termina.
Não há linearidade em nós. Há um ciclo, imutável e desgastante, que nos prende, um ao outro. Numa infinita volta que vai se quebrando em milhares de pedaçinhos, ao longo do caminho, mas nunca termina.
terça-feira, 17 de abril de 2012
domingo, 15 de abril de 2012
"Eu confio no fluxo natural da vida"
Como posso eu dizer, que confio no fluxo natural da vida, se me imponho regras, normas, horários e regulamentações em tempo integral? Tempo esse, que não existe. O relógio, apenas o relógio existe. Não confio. Se confiasse não seguiria penando por fazer tudo que não gosto. É bem fato, que devia aprender a confiar, mas não confiar é o próprio fluxo natural, não da essência, mas da realidade da vida que encarno.
Quem me disse que confia, foi alguém que gosto muito, mas que não acredito que realmente confie nesse tal fluxo natural. Prendo-me ao relógio e as obrigações, ela também.
Obrigações é um nome que provoca uma angústia no peito só de ouvir.
Tenho mais medo da rotina e da monotonia em que me encontro, do que do amor e olha que tenho um medo tremendo do último. Porque rotina e monotonia podem ter fim, mas se enraizam feito erva daninha, fechando olhos, mãos e coração.
Como posso eu dizer, que confio no fluxo natural da vida, se me imponho regras, normas, horários e regulamentações em tempo integral? Tempo esse, que não existe. O relógio, apenas o relógio existe. Não confio. Se confiasse não seguiria penando por fazer tudo que não gosto. É bem fato, que devia aprender a confiar, mas não confiar é o próprio fluxo natural, não da essência, mas da realidade da vida que encarno.
Quem me disse que confia, foi alguém que gosto muito, mas que não acredito que realmente confie nesse tal fluxo natural. Prendo-me ao relógio e as obrigações, ela também.
Obrigações é um nome que provoca uma angústia no peito só de ouvir.
Tenho mais medo da rotina e da monotonia em que me encontro, do que do amor e olha que tenho um medo tremendo do último. Porque rotina e monotonia podem ter fim, mas se enraizam feito erva daninha, fechando olhos, mãos e coração.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Intertexto
Pequena mosca,
Mosca que anda em jogo vão,
Cortada por entre meios
Brutos, pelas mãos toscas e rudes.
Ah, pequena mosca,
Quem dera tu, fosse como eu.
Quem dera gozasse os prazeres
Da decreptude humana.
Quem dera mosca,
Tu gozasse o tédio e a angústia.
Tu amasse os homens que,
No entanto,
Lhe desprezam.
E que eu, mosca,
Tivesse as tuas asas simétricas
E o teu jogo animal.
E tu, mosca
Cortasse os olhos e as asas
Do jogo bruto
Da vida.
Mosca que anda em jogo vão,
Cortada por entre meios
Brutos, pelas mãos toscas e rudes.
Ah, pequena mosca,
Quem dera tu, fosse como eu.
Quem dera gozasse os prazeres
Da decreptude humana.
Quem dera mosca,
Tu gozasse o tédio e a angústia.
Tu amasse os homens que,
No entanto,
Lhe desprezam.
E que eu, mosca,
Tivesse as tuas asas simétricas
E o teu jogo animal.
E tu, mosca
Cortasse os olhos e as asas
Do jogo bruto
Da vida.
terça-feira, 10 de abril de 2012
segunda-feira, 9 de abril de 2012
domingo, 8 de abril de 2012
"Na natureza nunca eu descobrira um contorno feio ou repetido! Nunca duas folhas de hera, que, na verdura ou recorte, se assemelhassem! Na cidade pelo contrário, cada casa se repete servilmente a outra casa; todas as faces reproduzem a mesma indiferença ou a mesma inquietação; as ideias têm todas o mesmo valor, o mesmo cunho, a mesma forma, como as libras; e até o que há mais pessoal e íntimo, a ilusão, é em todos idêntica, e todos a respiram, e todos se perdem nela como no mesmo nevoeiro... a mesmice" - A Cidade e As Serras - Eça de Queirós
As despedidas são sempre cheias de portas fechadas, e de um amor contido. Que não seja pelo que se despede é pelo outro, que espera escondido, em uma esquina qualquer. Há despedida numa nota solta num violão de Baden, é aquela nota contida, em que mora um mundo dentro. Onde se morre um mundo dentro, de um toque calado, de almas. As despedidas só são bonitas, pelo desejo da volta. É nesse ponto, que as despedidas são mais bonitas que os encontros, pois estão fadadas ao desfecho, e a esperança vã da continuação do roteiro. Que nunca termina, afinal.
sábado, 7 de abril de 2012
sexta-feira, 6 de abril de 2012
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Me dá um medo assim, de revelar esses segredos intrincados, nem tão secretos, mas nunca antes revelados. Fruto da persuasão, da contradição. Nas páginas de papel reciclado, me dá um medo rasgado, de descobrir o que é seu. E me dá um medo maior, de descobrir o que é meu, nas minhas linhas perdidas. Boa sorte para nós, nessa grande aventura de final de semana.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
domingo, 1 de abril de 2012
sábado, 31 de março de 2012
sexta-feira, 30 de março de 2012
quinta-feira, 29 de março de 2012
Assim se fez. Quebrou-se o abismo do silêncio. Encurtaram-se as fronteiras dos braços e aproximaram-se os corações desavisados. No pesado instante, longamente vivenciado, perderam-se as lágrimas e o ódio contido. O que restava era o bom, o sábio, o puro. O belo.
Restavam os olhos e as memórias pálidas, calcadas de tempo. Cinco, dois, dez, trezentos meses. Tanto faz. Não há de se contar pelos dias ou pelas horas, que dirá pelos meses, o tempo interno, o tempo que não necessita de tempo algum. No mesmo lugar, com uma outra despedida. Afinal, alguém disse que deve-se viver um dia sempre diferente ao outro. Então, vivamos!
Restavam os olhos e as memórias pálidas, calcadas de tempo. Cinco, dois, dez, trezentos meses. Tanto faz. Não há de se contar pelos dias ou pelas horas, que dirá pelos meses, o tempo interno, o tempo que não necessita de tempo algum. No mesmo lugar, com uma outra despedida. Afinal, alguém disse que deve-se viver um dia sempre diferente ao outro. Então, vivamos!
terça-feira, 27 de março de 2012
domingo, 25 de março de 2012
O verão acabou fazem quatro dias e eu, só percebi agora. Sem passeio e sem paixão. Com muito sorvete e tédio. Felicidades ocasionais, uma pequena experimentação de amor. Um teste aqui, outro acola. Só pra ver se sou eu que ainda respiro. Nada conclusivo, nem uma pequena amostra de mim, nem dos outros.
Saio desse verão diferente do último, embora isso não seja tão significativo. Espero desse outono pálido, uma brisa de frio e um vento na nuca. É assim que se faz.
Eu me apego as estações do ano...
Saio desse verão diferente do último, embora isso não seja tão significativo. Espero desse outono pálido, uma brisa de frio e um vento na nuca. É assim que se faz.
Eu me apego as estações do ano...
sexta-feira, 23 de março de 2012
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